FLAMENGO E SUA EVOLUÇÃO INVOLUTIVA

Amigos do Flaeterno,
       Nunca postulei ser hors concours dentre a massa blogueira rubro-negra futebolisticamente correta, mas preciso me fazer valer de meu diminuto poder argumentativo para lembrar que se hoje somos um time que segue seu curso com extrema eficiência fora das quatro linhas, dentro dela vivemos em completa ineficiência, pobre, alimentando-nos de água e migalhas – e agradeçam, pois o vizinho do morro português nem água têm. Tudo bem, ter um timaço era algo completamente improvável para o primeiro semestre, já sabíamos, não somos otarianos, mas os caras não precisavam maltratar tanto a NAÇÃO, né?  

     Bandeira e sua troop de acadêmicos e phd’s até vão levando o trem rubro-negro certinho nos trilhos.  Os FUTcapitalistas em menos de quatro meses puseram os salários  dia, conquistaram a tão sonhada CND, trouxeram bons patrocinadores, implementaram o programa sócio torcedor e resgataram o hímen da moralidade de um clube que estava pra lá de estuprado.
     Nosso manager-mor continua firme e forte na árdua luta de reconstrução da marca. E a gente apoia, Beleza!  Não podemos deixar de reconhecer que o mundo sob a responsabilidade da cartolagem mostra-se num processo extremamente evolutivo.

Já dentro de campo…  

       A saga começa com a manutenção do Do Rival (By Roni), técnico contratado pela antiga gestão.  Apostávamos que a coisa poderia não dar certo com ele, mas não é que aos poucos o cara foi “achando” o time?  Montou um esqueminha até maneirinho, onde todos os jogadores sabiam o que faziam dentro de campo. Com o Narigudo o Flamengo conseguiu a melhor campanha da primeira fase, mas infelizmente num jogo contra os caninos de General Severiânus, perdeu  o ingresso para a final (Que teve uma ajudinha significativa da arbitragem).
Pronto, ali estava um motivo “substancial” para passar o rodo no Doriva.  O lance era manter a política de contenção de gastos.  No esporte amador o rodo já havia passado… Cielo, Diego Bunda no Chão Hipólito e afins deram linha na pipa.  Sendo assim, era só fazer o mesmo no futebol.

E foi feito: “cortaram o mal pelo NARIZ”.  Pô, convenhamos, 800 pratas por mês era muita grana mesmo, não é?   Então, foi  sem perdão, foice nele!
Mas foi aí que a carniça começou  a feder…

Resolveram trazer um técnico mais “baratinho”, tipo promoção do Ricardo Eletro.
 Contrataram Jorginho Pastor.  Aquele que tinha como ápice na carreira o posto de  auxiliar do Dunga.

E Jorginho Wyllys Malafaia  veio.
O cara chegou  cheio de pompa,  tomado de óleo ungido e não demorou muito para mostrar  quem realmente  era. Conseguiu num curto espaço de tempo descabaçar a equipe.  O universal treineiro do reino das antas mexeu  mais no time que Bruna Surfistinha mexeria em cima de uma rola. Montou 2.987 formações táticas,  utilizou  mais de 868 jogadores e promoveu a volta de alguns zumbis patinadorins que estavam enterrados.  Em suma, arruinou o pouco que Nasalino Jr havia feito de proveitoso.

Sendo assim, passamos a conviver com carrilhão de vexames.    Viramos uma espécie de time municipal Comic, onde Resende, Caxias, São João de Meriti e outros menos cotados fizeram  de nós sua emancipação orgásmica.    Caminhamos  então para um  processo extremamente involutivo.
Resumindo:

Somos Flamengo pelo futebol!
É por ele perdemos nosso precioso tempo durante o dia e a noite.

É por ele que invadimos os estádios
É por ele que enchemos os planos de TVs por assinatura.

É por ele que xeretamos sites e blogs
É por ele…

Sei que estamos fazendo tudo dentro do esperado, mas com o futebol fraco não chegaremos a lugar algum. Não há projetos ou política de moralização e  austeridade que sobreviva com um futebol  fragilizado, adoecido. 
A evolução tem que ser de forma  homogênea,  onde dirigentes, técnicos, jogadores e torcida trafeguem na mesma curva ascendente.

Assim torço e espero!

E que os anjos rubro-negros digam amém pra você, Jorginho!

Em tempo: se não ajudarmos o clube agora, ajudaremos quando?

Sorria, você é rubro-negro!

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